quarta-feira, 23 de novembro de 2011





















Agora umas beldades das cerca de 250 que possuo em outra colecção:

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Algumas das minhas peças na Numismática - Cruzados















Quatro meninas para começar, prometo mais para breve





















domingo, 10 de janeiro de 2010

filatelia,







entras outras coisas,









Aqui fica um cheirinho daquilo que pode ver. Todas as visitas têm direito a um Porto de Honra, portanto há que preparar a viagem e fazer um passeio por Alijó - contacto 968480130

Moedas,









Soldadinhos de chumbo e máquinas fotográficas,



Crucifixos em prata,


Passemos agora à caixas e carteiras de fósforos,





VIAGEM ÀS MINHAS COLECÇÕES


Então aqui vai!!!

A pedido de "várias famílias" aqui coloco várias fotografias da minha


Expo(par) ,


dando possibilidades a quem está longe, de a ver, e de aguçar o desejo de a visitar

Vamos então fazer uma pequena viagem de visita à exposição.

Começamos com a colecção de garrafas de wyskie, todas cheias e seladas.






sábado, 15 de março de 2008



HORÁCIO VICTOR PINTO DO NASCIMENTO,

viu a luz do mundo pela primeira vez pelo dia 26 de Abril de 1957, em Luanda, a bela capital da então província portuguesa de Angola, filho mais novo de uma família pobre, trabalhadora, cuja vida era principalmente constituída por enormes sacrifícios para conseguir sobreviver. As suas recordações mais longínquas transportam-no a Africa colonial do princípio dos anos 60, a uma sociedade laboriosa marcada pela ilusão de um futuro com mais oportunidades. Ainda muito novo por volta dos 6 anos, começa a ter um gosto especial em juntar coisas, quase tudo o que lhe vinha à mão. Esse apetite voraz, que nunca mais o iria abandonar, teve origem numa oferta de selos do seu irmão mais velho, também ele coleccionador de gabarito internacional. Nesse contexto, meio a brincar, foi adquirindo material filatélico e numismático usando toda a série de estratagemas que um adolescente pode imaginar e cujo processo foi interrompido intempestivamente em 1974 por razões subjacente conhecidos levando a refugiar-se com a família em Portugal. O seu refugio teve como destino a região Duriense de Alijó, terra natal de seus pais e que seria também por si adoptado a partir de então. Todavia a sua inclusão/socialização não foi fácil. Era uma nova cultura, uma outra maneira de encarar as coisas. As dificuldades que levaram os seus progenitores para África, revestiram agora uma nova forma, igualmente dramática. Eram as agruras de quem, num ápice se viu espoliado de tudo o que na vida havia granjeado, até a sua própria dignidade. Este novo quadro, extremamente complexo, fez-lhe esmorecer o entusiasmo anterior sendo obrigado a parar com as colecções e até mesmo a ponderar desfazer-se delas, tal era precária a sua situação económica. Entretanto a vida prossegue mais ou menos atribulada, mas com relativo sucesso. Constitui família, mantendo sempre uma extraordinária avidez por descobrir novas terras, novas gentes, novas teorias. A partir de 1995, o "bichinho" do coleccionismo, regressa em força. Um pouco mais desafogado, do ponto de vista material, lança-se de corpo e alma a uma imparável busca de novas áreas de interesse, obrigando-o em incursões literárias bastante profundas , que pudessem servir de base às suas aspirações. Deste modo foi adquirindo variadíssimas peças soltas e algumas colecções contactando outros coleccionadores e estruturando de forma sustentada o seu velho sonho. Digamos que parafraseando o também africano Mia Couto, a sua convicção era " muito enorme". Na verdade o Victor não é deste mundo, pertence ao Mundo.
No fundo, procura acima de tudo, extravasar o que lhe vai na alma e dar a conhecer a súmula da sua passagem pela terra através de uma percepção simbólica que vai emergindo, etérea, do seu vasto espólio. E nesse aspecto quase tudo serviu para o embevecer, para o empenhar na sua preservação e divulgação. Assim, desde belíssimas conchas da costa Angolana e borboletas africanas, passando por selos e moedas de todo o mundo, balanças, relógios e despertadores, garrafas de whisky e miniaturas (estas com a ajuda de seu pai), peças artesanais, ferramentas domésticas e de trabalho, alfaias agrícolas, latas de bebidas, crucifixos de prata, calendários, postais, soldadinhos de chumbo, entre outros, tudo servia para captar a sua atenção para chegar aos dias de hoje, e sentir esta estranha, mas compreensível, necessidade de divulgar, de dar a conhecer, de contribuir para enriquecimento cultural da comunidade onde vive.
Em 2002, após o falecimento dos seus queridos pais e na sequência de obras necessárias à preservação da residente por eles legada, foi congeminando uma ideia que há muito o vinha atormentando: a construção de um espaço onde pudesse colocar todo o seu manancial de coleccionismo, onde o pudesse mostrar aos amigos, às crianças e aos jovens, à população em geral. Seria , na sua perspectiva, uma ocasião única para divulgar publicamente o que de há muito ía guardando só para si. E se bem o pensou, depois de amadurecer devidamente a ideia e o projecto, melhor o fez. No primeiro andar de sua casa, deixada pelos seus progenitores, construiu um espaço para exposições, extremamente bem conseguida, mas que hoje já se revela exígua para albergar todo o material disponível. Diga-se, no entanto, que se trata de um novo espaço cultural de iniciativa privada, que em muito vem enriquecer o panorama cultural de Alijó. Neste sentido, espera-se que todo a população que assim o queira, tenha possibilidade de o visitar e , certamente, não dará o seu tempo por mal empregue. Finalmente e para que conste, num país marcado pela intriga e pelo egoísmo é natural que o modo de ser do Victor ,a sua franqueza, a sua voluntariedade, acabe por gerar incompreensões e invejas. Na realidade, há qualidades que são difíceis de suportar. Esperemos que a sua grandeza não seja excessiva para a perversidade e hipocrisia dos nossos costumes. Temos é que lhe tirar o chapéu e mesmo para terminar, nada melhor que um excerto de um poema do seu conterrâneo Miguel Torga, para ilustrar o alcance da sua obra:
"...nada no mundo se repete. Nenhuma hora é igual à que passou.
Cada fruto que vem cria e promete
uma doçura que ninguém provou..."
(do poema "perenidade").
o amigo
Manuel Carlos Dias Morais